Pioartrite Em Recém-Nascido: Relato De Caso
DOI:
https://doi.org/10.37497/JMRReview.v1i1.10Palavras-chave:
Pioartrite, Pediatria, Infecções Ósseas, Relato de CasoResumo
Introdução: A pioartrite (PIOA), também conhecida como artrite séptica, é uma monoartrite aguda causada principalmente por bactérias comuns, como as dos gêneros Staphylococcus ou Streptococcus. Embora a PIOA em crianças não seja comum, não deve ser subestimada, pois pode estar associada à sepse e resultar em disfunção grave ou morte se não tratada precocemente e de forma adequada. Objetivo: Relatar um caso de PIOA em recém-nascido atendido no Serviço de Pediatria do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), localizado na cidade de Bragança Paulista, SP.
Relato do Caso: Tratou-se de um recém-nascido de 14 dias cujos pais relataram queixas de irritabilidade, choro excessivo à manipulação e diminuição da motilidade do membro inferior esquerdo, que se apresentava edemaciado e ruborizado na região do quadril. O paciente foi avaliado pela equipe de Ortopedia, que o diagnosticou com PIOA, realizando limpeza e drenagem do quadril afetado, seguida de 21 dias de antibioticoterapia combinada, com remissão completa da doença.
Conclusão: Por conta de sua raridade, alta taxa de morbidade e mortalidade e falta de consenso internacional sobre a melhor antibioticoterapia a ser administrada, a PIOA em recém-nascidos e crianças continua sendo um grande desafio. Seu diagnóstico deve ser realizado com brevidade, buscando evitar a ocorrência de sequelas como o encurtamento de membros ou óbito.
Referências
ARNOLD, J. C.; BRADLEY, J. S. Osteoarticular Infections in Children. Infectious Disease Clinics of North America, v. 29, n. 3, p. 557–574, set. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.idc.2015.05.012
BETZ, R. R. et al. Late Sequelae of Septic Arthritis of the Hip in Infancy and Childhood. Journal of Pediatric Orthopaedics, v. 10, n. 3, p. 365–372, jun. 1990. DOI: https://doi.org/10.1097/01241398-199005000-00014
BYTYÇI, C.; QORRAJ, H.; BYTYQI, D. Treatment of neonatal septic arthritis sequelae of hip: a case report. Cases Journal, v. 2, p. 6332, 1 jul. 2009. DOI: https://doi.org/10.4076/1757-1626-2-6332
CASSAT, J. E.; SKAAR, E. P. Recent advances in experimental models of osteomyelitis. Expert Review of Anti-Infective Therapy, v. 11, n. 12, p. 1263–1265, dez. 2013. DOI: https://doi.org/10.1586/14787210.2013.858600
CASTELLAZZI, L.; MANTERO, M.; ESPOSITO, S. Update on the Management of Pediatric Acute Osteomyelitis and Septic Arthritis. International Journal of Molecular Sciences, v. 17, n. 6, p. 855, jun. 2016. DOI: https://doi.org/10.3390/ijms17060855
CASTELLAZZI, M. L. et al. Otogenic temporomandibular septic arthritis in a child: a case report and a review of the literature. Italian Journal of Pediatrics, v. 45, n. 1, p. 88, 22 jul. 2019. DOI: https://doi.org/10.1186/s13052-019-0682-2
COHEN, E. et al. Septic arthritis in children: Updated epidemiologic, microbiologic, clinical and therapeutic correlations. Pediatrics & Neonatology, v. 61, n. 3, p. 325–330, 1 jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pedneo.2020.02.006
COPLEY, B.; A, L. Pediatric Musculoskeletal Infection: Trends and Antibiotic Recommendations. JAAOS - Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons, v. 17, n. 10, p. 618–626, out. 2009. DOI: https://doi.org/10.5435/00124635-200910000-00004
FAUST, S. N. et al. Managing bone and joint infection in children. Archives of Disease in Childhood, v. 97, n. 6, p. 545–553, jun. 2012. DOI: https://doi.org/10.1136/archdischild-2011-301089
GAFUR, O. A. et al. The Impact of the Current Epidemiology of Pediatric Musculoskeletal Infection on Evaluation and Treatment Guidelines. Journal of Pediatric Orthopaedics, v. 28, n. 7, p. 777–785, nov. 2008. DOI: https://doi.org/10.1097/BPO.0b013e318186eb4b
GODLEY, D. R. Managing musculoskeletal infections in children in the era of increasing bacterial resistance. JAAPA: official journal of the American Academy of Physician Assistants, v. 28, n. 4, p. 24–29, abr. 2015. DOI: https://doi.org/10.1097/01.JAA.0000462053.55506.2c
GUTIERREZ, K. Bone and joint infections in children. Pediatric Clinics of North America, v. 52, n. 3, p. 779–794, vi, jun. 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pcl.2005.02.005
MATHEWS, C. J. et al. Management of septic arthritis: a systematic review. Annals of the Rheumatic Diseases, v. 66, n. 4, p. 440–445, 1 abr. 2007.
MATHEWS, C. J. et al. Bacterial septic arthritis in adults. The Lancet, v. 375, n. 9717, p. 846–855, 6 mar. 2010. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61595-6
MATHEWS, C. J.; COAKLEY, G. Septic arthritis: current diagnostic and therapeutic algorithm. Current Opinion in Rheumatology, v. 20, n. 4, p. 457–462, jul. 2008. DOI: https://doi.org/10.1097/BOR.0b013e3283036975
MONTGOMERY, N. I.; EPPS, H. R. Pediatric Septic Arthritis. The Orthopedic Clinics of North America, v. 48, n. 2, p. 209–216, abr. 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ocl.2016.12.008
MOUMILE, K. et al. Bacterial aetiology of acute osteoarticular infections in children. Acta Paediatrica (Oslo, Norway: 1992), v. 94, n. 4, p. 419–422, abr. 2005. DOI: https://doi.org/10.1080/08035250410023278
OTAKI, Y. et al. Characteristics of claims in the management of septic arthritis in Japan: Retrospective analyses of judicial precedents and closed claims. Journal of the Chinese Medical Association, v. 81, n. 3, p. 236–241, 1 mar. 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jcma.2017.06.023
PIORO, M. H.; MANDELL, B. F. SEPTIC ARTHRITIS. Rheumatic Disease Clinics of North America, v. 23, n. 2, p. 239–258, 1 maio 1997. DOI: https://doi.org/10.1016/S0889-857X(05)70328-8
PRINCIPI, N.; ESPOSITO, S. Kingella kingae infections in children. BMC infectious diseases, v. 15, p. 260, 7 jul. 2015. DOI: https://doi.org/10.1186/s12879-015-0986-9
RATNAYAKE, K. et al. Pediatric acute osteomyelitis in the postvaccine, methicillin-resistant Staphylococcus aureus era. The American Journal of Emergency Medicine, v. 33, n. 10, p. 1420–1424, out. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajem.2015.07.011
RIISE, Ø. R. et al. Incidence and characteristics of arthritis in Norwegian children: a population-based study. Pediatrics, v. 121, n. 2, p. e299-306, fev. 2008. DOI: https://doi.org/10.1542/peds.2007-0291
SCHULER, R. et al. Newborn Septic Arthritis—A Rare Presentation of Late-Onset Group B Streptococcal Disease: Case Report and Short Review of the Literature. AJP Reports, v. 11, n. 3, p. e123–e126, 30 set. 2021. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0041-1735633
TANWAR, Y. S. et al. Acute pediatric septic arthritis: a systematic review of literature and current controversies. Polish Orthopedics and Traumatology, v. 79, p. 23–29, 31 mar. 2014.
VISPO SEARA, J. et al. Arthroscopic treatment of septic joints: prognostic factors. Archives of Orthopaedic and Trauma Surgery, v. 122, n. 4, p. 204–211, 1 maio 2002. DOI: https://doi.org/10.1007/s00402-001-0386-z
WALL, C.; DONNAN, L. Septic arthritis in children. Australian Family Physician, v. 44, n. 4, p. 213–215, 2015.
YAGUPSKY, P. et al. Epidemiology, etiology, and clinical features of septic arthritis in children younger than 24 months. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, v. 149, n. 5, p. 537–540, maio 1995. DOI: https://doi.org/10.1001/archpedi.1995.02170180067010
YU, F. et al. Causative Organisms and Their Antibiotic Resistance Patterns for Childhood Septic Arthritis in China Between 1989 and 2008. Orthopedics, v. 34, n. 3, 11 mar. 2011. DOI: https://doi.org/10.3928/01477447-20110124-13
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;
O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html