Journal of Medical Residency Review
https://revistamedicalreview.org/revista
<div id="homepageDescription" class="homepage-journal-description"> <p>A revista <strong>Journal of Medical Residency Review</strong> está inserida no meio científico como um espaço científico para divulgação de artigos na área de medicina e saúde em geral: relatos de casos clínicos e cirúrgicos, avaliações de prontuários, trabalhos epidemiológicos de diversas naturezas, opiniões de especialistas, revisões integrativas e sistemáticas da literatura e relatos técnicos. Este periódico é editado pela <a href="https://alumniin.com/inicio/"><strong>Editora ALUMNI IN</strong></a>. Serão aceitos artigos nos idiomas português, inglês e espanhol.</p> <p>A submissão de artigos ocorre exclusivamente por meio desta plataforma eletrônica, sendo que tais trabalhos serão avaliados pelo comitê editorial da revista.</p> </div>Editora Alumniinpt-BRJournal of Medical Residency Review2764-9512<p><strong>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</strong></p> <p>O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;</p> <p>O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);</p> <p>A revista não se responsabiliza pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);</p> <p>É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.</p> <p>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) em http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html</p>Perfuração de reto secundária a obstrução em alça fechada após retossigmoidectomia perineal (Cirurgia de Altemeier)
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/25
<p>O prolapso retal é uma patologia relativamente rara que consiste na saída parcial ou completa do reto através do ânus (neste caso, também chamado prolapso retal), mais comum na sétima década de vida de pacientes do sexo feminino. Esta condição apresenta sintomas clínicos variados, tais como proctalgia, incontinência fecal, obstipação, sangramento, descarga de muco, protuberância anal, entre outros. O tratamento desta patologia é cirúrgico, contudo, as terapias não cirúrgicas podem ser utilizadas para combater os sintomas associados. Existem diferentes técnicas cirúrgicas para a correcção do prolapso retal descritas na literatura. Estas técnicas podem ser realizadas pela via perineal ou abdominal, escolhendo a abordagem de acordo com o tipo de prolapso e as condições clínicas do paciente. Este relato pretende apresentar uma complicação que ocorreu após a rectosigmoidectomia perineal com reparação de esfíncteres (técnica de Altemeier) em uma paciente no Hospital PUC-Campinas, SP.</p>Thabata Galvão ContarinNicole Galvão ContarinAntônio José Tiburcio Alves Júnior
Copyright (c) 2023 Thabata Galvão Contarin, Nicole Galvão Contarin, Antônio José Tiburcio Alves Júnior
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-04-042023-04-0421e025e02510.37497/JMRReview.v2i1.25Tratamento das Pneumonias em Crianças: Revisão Integrativa com Síntese de Evidências Sobre a Antibioticoterapia
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/28
<p><strong>Introdução:</strong> A pneumonia é uma infecção respiratória aguda comum que afeta os alvéolos e a árvore brônquica distal dos pulmões. A doença é amplamente dividida em pneumonia adquirida na comunidade (PAC) ou pneumonia adquirida em hospital (HAP). A PAC é definida como uma pneumonia que ocorre em um paciente sem exposição recente a cuidados de saúde, e abrange um espectro clínico extremamente variável, indo de pacientes com aspectos saudáveis até a doença necrotizante ou multilobar com choque séptico. A pneumonia carrega a maior mortalidade de qualquer doença infecciosa, e crianças menores de cinco anos são uma das populações mais afetadas pela PAC, com casos contabilizando 107,7 episódios por 1.000 crianças. Objetivo: Por meio de uma revisão da literatura, avaliar as evidências sobre o tratamento das pneumonias em crianças, com enfoque na PAC.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se de um estudo exploratório, baseado no método de revisão integrativa da literatura. A base de dados escolhida para seleção dos estudos foi a PUBMED, utilizando a seguinte estratégia de busca: <em>pneumonia[title] AND treatment[title] AND (children[title] OR pediatrics[title])</em>. Qualquer trabalho que discutisse o tema proposto foi inicialmente incluído na amostra.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Foram identificados 396 trabalhos que respondiam à estratégia previamente estabelecida. Após a leitura dos títulos e resumos, 32 artigos científicos foram efetivamente incluídos nesta revisão.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A principal constatação desta revisão foi que a diminuição do tempo e dose de tratamentos com fármacos beta-lactâmicos (principalmente amoxicilina) eram eficazes e seguros para o tratamento da PAC em crianças. Além disso, um curso mais curto de amoxicilina melhora a adesão à terapia, é de baixo custo e coloca menos pressão sobre a resistência antimicrobiana. No entanto, a gravidade da doença, o local do tratamento, e os antibióticos anteriormente utilizados devem ser levados em conta antes da aplicação dos protocolos.</p>Amanda Rocha MorenoPriscilla Guerra Moura
Copyright (c) 2023 Amanda Rocha Moreno, Priscilla Guerra Moura
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-07-272023-07-2721e028e02810.37497/JMRReview.v2i1.28Técnicas Para Aumento Peniano: Síntese De Evidências
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/26
<p><strong>Introdução:</strong> O pênis sempre foi considerado o símbolo da masculinidade, sendo a potência sexual, e até mesmo a capacidade reprodutiva dos homens, muitas vezes, erroneamente associadas ao seu tamanho. Tradicionalmente, os procedimentos de aumento do pênis são reservados para pacientes com micropênis congênito verdadeiro, ou mesmo uma redução adquirida no tamanho do pênis. Procedimentos que envolvem injeções e cirurgias são usualmente utilizados para aumentar a circunferência e o comprimento peniano em ambientes hospitalares.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Revisar a literatura buscando sintetizar as evidências clínicas relacionadas às técnicas para aumento peniano.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Trata-se de um estudo exploratório, baseado no método de revisão da literatura com síntese de evidências. A base de dados escolhida para seleção dos trabalhos foi a PUBMED, utilizando a seguinte estratégia de busca: <em>(penis[title] OR penile[title]) AND (enlargement[title] OR enhancement[title]</em>). Após a leitura dos títulos e resumos, trabalhos que não abordaram as técnicas para aumento peniano foram excluídos do estudo.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Inicialmente foram identificados 23 estudos que atenderam a estratégia de busca previamente estabelecida. Após a leitura dos títulos e resumos, verificou-se que 10 estavam adequados para esta revisão.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Foram avaliadas técnicas tanto para o alongamento quanto para o aumento da circunferência do pênis. Além disso, três técnicas novas foram descritas, com bons resultados estéticos e funcionais.</p>Paulo Cezar de Godoy JuniorHebe da Silva GomesPedro Humberto Felix de Sousa FilhoValter Dell Acqua Cassao
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-06-262023-06-2621e029e02910.37497/JMRReview.v2i1.26Atualização Sobre Reconstrução Do Ligamento Cruzado Anterior Utilizando Enxerto Do Tendão Patelar Ou Tendão Quadríceps: Revisão Sistemática
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/27
<p><strong>Objetivo:</strong> Sabendo que, ainda não se tem consenso sobre o tema e os resultados são conflitantes, o objetivo do presente estudo foi, através de revisão sistemática, descrever os resultados com maior evidência disponíveis na literatura sobre a técnica de reconstrução do LCA utilizando o autoenxerto com tendão patelar e com tendão do quadríceps, entendendo suas indicações e atualizações sobre nível de recomendação. </p> <p><strong>Métodos:</strong> Foram pesquisados descritores específicos nos bancos de dados Pubmed, Medline e Embase, para estudos publicados até 2 de janeiro de 2022. Foram utilizados os seguintes descritores: Reconstruction; Anterior Cruciate Ligament; ACL; Quadriceps tendon; Patellar tendo; Autograft; Treatment; Knee. Os seguintes filtros foram utilizados para chegar ao resultado final esperado: “Randomized Controlled Trial; “Randomized Clinical Trial” “Meta-Analysis” “Systematic Reviews” “Clinical Trial”.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Segundo a estratégia de busca, foram encontrados 64 estudos com os descritores supracitados, os quais foram novamente avaliados segundo seu desenho e relevância conforme os filtros do tipo de estudo e critérios de inclusão. Ao final restaram 11 estudos completos que descreveram os resultados clínicos da comparação entre os tipos de enxerto na reconstrução do LCA, dos quais, todos foram incluídos. Foram incluídos um total de 758 pacientes com média de idade de 28,8 anos (variação de 16 a 68 anos). O tempo de seguimento médio entre os estudos foi variável, de 12-48 meses. Conclusão: Esta revisão sistemática apontou observar resultados clínicos e funcionais semelhantes dos enxertos TP e TQ. Novos dados sugerem que o autoenxerto do tendão do quadríceps pode possuir características biomecânicas superiores quando comparado ao autoenxerto TP. No entanto, existem poucos estudos prospectivos randomizados que façam essa investigação de maneia conclusiva.</p>Fábio Takayuki UwadaLucas dos Santos PessanhaTarik Mohamed NasreddineLucas Ottoni MaximilianoCarlos Roberto Miranda
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-07-112023-07-1121e027e02710.37497/JMRReview.v2i1.27Esporotricose Infantil: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/29
<p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso único de esporotricose infantil atendido em nosso Serviço. Método: Trata-se do relato do caso único de um paciente atendido no Serviço de Pediatria do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> Tratou-se de uma paciente do sexo feminino, 11 anos de idade, com histórico de arranhadura de gato em sua mão direita sem melhora com antibioticoterapia prévia. Na admissão apresentava uma lesão ulcerosa na base do dedo, além de linfonodos aumentados no punho e antebraço que se estendiam até a região axilar, sem outros sinais ou sintomas além da lesão persistente. Após a coleta de material para exames laboratoriais, incluindo sorologias para investigar a causa da lesão, iniciou-se nova antibioticoterapia com clindamicina, gentamicina e azitromicina. Após 11 dias de internação descobriu-se que o gato da família apresentava esporotricose, o que levou levantou a suspeita diagnóstica de esporotricose linfocutânea na paciente em questão. Uma cultura fúngica foi realizada, e o tratamento foi então alterado para itraconazol e doxiciclina, com a paciente apresentando melhora da lesão a partir do início da nova terapia. Após 23 dias de internação, foi confirmado o diagnóstico de esporotricose linfocutânea com crescimento do fungo <em>Sporothrix brasiliensis</em> nas amostras coletadas. No momento da alta as feridas já estavam cicatrizadas e não havia resquícios de linfonodomegalias. A paciente continuou o tratamento com itraconazol, e realizou exames de acompanhamento para monitorar sua saúde hepática e renal, que não apresentaram alterações.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Em muitos casos, na presença de gatos na residência dos pacientes, a infecção fúngica provocada por <em>Sporothrix spp., </em>em especial <em>Sporothrix brasiliensis</em>, pode ser confundida com a doença da arranhadura do gato, por sua vez provocada pela bactéria <em>Bartonella henselae. </em>Tal confusão pode levar a prescrição inadequada de antibióticos, o que acaba permitindo a evolução da infecção. O fator crucial para o diagnóstico e correto tratamento é a identificação do agente fúngico, e o início do tratamento com antifúngicos, incluindo o itraconazol, usualmente traz bons resultados e total remissão da infecção.</p>Bárbara Pinheiro Pantoja de Oliveira LimaPriscilla Guerra
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-08-072023-08-0721e029e02910.37497/JMRReview.v2i1.29Resultado Do Tratamento Das Fraturas Do Colo Femoral Pela Técnica Da Pinagem Percutânea Em Um Hospital Universitário
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/31
<p><strong>Introdução:</strong> As fraturas proximais do fêmur são as mais comuns envolvendo a articulação do quadril. O registro de dados clínicos sobre fraturas corrigidas pela técnica de pinagem ajudaria na compreensão do desenvolvimento, resultado e prognóstico da cirurgia.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Verificar a eficiência do tratamento das fraturas do colo femoral com a técnica da pinagem percutânea.</p> <p><strong>Método:</strong> Os dados para confecção do trabalho foram coletados dos prontuários dos pacientes já arquivado, sendo eles: idade, lado acometido, sexo, tempo do trauma ao tratamento cirúrgico, classificação da lesão, e se foi necessária reabordagem cirúrgica. Foram incluídos na amostra pacientes portadores de fratura de colo do fêmur no período de setembro de 2010 a setembro de 2020.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Foram estudados 43 pacientes, em sua maioria mulheres (26), com idades entre 50 e 65 anos. O tempo decorrido entre a fratura e a cirurgia foi, em média, de 48 horas. Quanto à classificação das fraturas, 20 pacientes eram Garden III (47%), caracterizando uma fratura completa com desalinhamento das trabéculas do colo com o acetábulo. Pela classificação AO, foram observados 27 casos 31B2 (63%), caracterizados pela presença de fratura transcervical no colo fêmur. O índice de sucesso das cirurgias de pinagem do colo foi de 65% (28 pacientes). Em relação aos 15 pacientes que necessitaram de reabordagem (35%), em 5 esta ocorreu entre seis meses e um ano de seguimento, em 3 ocorreu de um a dois anos, e em 7 ocorreu após dois anos.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Os pacientes operados em nosso Serviço eram, em sua maioria, mulheres idosas e com fraturas Garden III, que foram operadas em aproximadamente 48 horas após o evento traumático. Apenas uma minoria dos pacientes necessitou de reabordagem cirúrgica, especialmente após dois anos, sendo os principais motivos a ocorrência de osteonecrose da cabeça femoral, pseudoartrose e <em>cut out</em>. Os autores chamam à atenção para a elevada prevalência da fratura em idosos, assim como seus riscos e complicações, levando em consideração os dados relatados no presente levantamento.</p>Rafael Krawczun MaruokaWelber CastanhatoKaren Mayuri KatoArthur TescarolliNilson NonoseAndre Felipe Ninomiya
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-09-042023-09-0421e031e03110.37497/JMRReview.v2i1.31Prevenção De Hipotermia Em Procedimentos Cirúrgicos: Revisão Integrativa De Ensaios Clínicos
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/41
<p><strong>Introdução:</strong> A hipotermia em procedimentos cirúrgicos (HPC) é definida como uma queda da temperatura corpórea central para um valor abaixo de 36°C nos períodos perioperatório e pós-operatório. A hipotermia, mesmo em grau leve, poderia aumentar a incidência de infecções em feridas cirúrgicas, eventos isquêmicos do miocárdio no pós-operatório, perda de sangue durante a cirurgia e prolongamento da recuperação pós-operatória. Assim sendo, fornecer e manter a normotermia no período perioperatório e pós-operatório é importante para a obtenção de resultados cirúrgicos ideais, bem como para a segurança e satisfação do paciente.</p> <p><strong>Proposição:</strong> Sintetizar as evidências clínicas relacionadas à prevenção da HPC.</p> <p><strong>Discussão:</strong> Trata-se de uma revisão integrativa da literatura médica especializada, de caráter exploratório, que utilizou a base de dados PUBMED para seleção dos artigos revisados, empregando a seguinte estratégia: <em>hypothermia[title] AND prevention[title] AND (operative OR surgery OR surgical)</em>. Foram incluídos na revisão 16 ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos. As evidências apresentadas demonstraram a eficácia de várias abordagens para prevenção da HPC, como por exemplo, o uso de cobertores de aquecimento com ar forçado (FAW), mantas térmicas e sistemas de aquecimento combinados.</p> <p><strong> Conclusão:</strong> Embora tenham sido observadas variações nos resultados de temperatura corporal central e incidência de hipotermia entre os diferentes métodos e configurações, em geral, todos demostraram algum grau de sucesso na prevenção da HPC.</p>Valentina Gouveia de CerqueiraPablo Roberto Segovia Jurado
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e041e04110.37497/JMRReview.v2i1.41Perfil Sociodemográfico, Condições De Trabalho E Fatores Associados À Síndrome De Burnout Em Médicos Residentes
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/42
<p><strong>Introdução:</strong> Síndrome de <em>Burnout</em> é um termo utilizado para explicar o sofrimento do indivíduo no ambiente de trabalho. Está associada à diminuição ou perda da motivação e alto grau de insatisfação decorrentes da exaustão física e psicológica. Acomete principalmente profissionais que mantêm uma estreita relação de ajuda a outras pessoas, como é o caso dos profissionais das áreas biomédicas. Médicos residentes estão suscetíveis ao <em>burnout</em>, uma vez que vivenciam uma dualidade de papéis enfrentando cobranças de seus preceptores, dos pacientes, da sociedade e de si mesmos.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Analisar o perfil sociodemográfico, as condições de trabalho e os fatores associados à Síndrome de <em>Burnout</em> em Médicos Residentes do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, São Luís, em 2015.</p> <p><strong>Método:</strong> Estudo transversal, descritivo e observacional. Foram utilizados dois questionários autoaplicáveis: o primeiro contendo informações sociodemográficas, o segundo, o <em>Maslasch Burnout Inventory</em>, que identifica os fatores associados à Síndrome de <em>Burnout</em>. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o software IBM SPSS Statistics 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da UFMA.</p> <p><strong>Resultados:</strong> A pesquisa envolveu 141 médicos residentes, sendo 51,8% do sexo feminino, solteiras, com idade entre 26-30 anos, formadas há 3 anos ou menos, no primeiro ano de residência, sendo a Pediatria a principal especialidade. A prevalência de <em>Burnout</em> com escore alto em uma das três dimensões foi de 75,7%.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Sugere-se suportes emocional e psicológico para o médico residente no Hospital Universitário. Essa prática, além de reduzir os elevados índices de Síndrome de <em>Burnout</em> encontrados, poderá contribuir para melhoria da qualidade de vida, dos processos de humanização e da relação médico-paciente.</p>Cícero Ricardo Machado de MatosCícera Fabiane Ferreira de Matos MendonçaSâmia Jamile Damous Duailibe de Aguiar Carneiro Coelho
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e042e04210.37497/JMRReview.v2i1.42Utilização Da Pele De Peixe Em Cirurgia Plástica Reconstrutiva: Revisão Integrativa Da Literatura
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/43
<p><strong>Introdução:</strong> A utilização da pele de peixe em cirurgias plásticas reconstrutivas representa uma abordagem inovadora e promissora. O uso de pele de peixe, como a proveniente do tilápia, vem ganhando destaque devido à sua composição rica em colágeno, propriedades biocompatíveis e baixo risco de rejeição.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Realizar uma revisão da literatura buscando sintetizar as evidências relacionadas à utilização da pele de peixe em cirurgia plástica reconstrutiva.</p> <p><strong> Método:</strong> A base de dados PUBMED foi utilizada para seleção dos trabalhos, empregando a seguinte estratégia de busca: <em>(fish[title] AND skin[title]) AND (plastic OR esthetic OR aesthetic OR reconstructive OR reconstruction)</em>. Apenas ensaios clínicos, estudos observacionais e relatos de caso publicados nos últimos 10 anos foram incluídos na amostra de artigos a serem avaliados.</p> <p><strong>Resultados:</strong> A busca foi realizada no mês de outubro de 2023, e a estratégia previamente estabelecida retornou 11 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 2 artigos foram eliminados, sendo um deles por ter sido realizado em animais, e outro por se caracterizar como uma proposta de ensaio clínico ainda não finalizada. Sendo assim, 9 artigos compuseram a amostra final desta revisão. Conclusão: No geral, os estudos revisados apontaram que a utilização da pele de peixe em cirurgias reconstrutivas mostrou-se como uma opção segura e confiável. Dentre os principais resultados, destacou-se a utilização da pele de peixe no tratamento e aceleração da recuperação de feridas em pés diabéticos, feridas decorrentes do processo de calcifilaxia, e na abordagem terapêutica para angiodermatite necrótica. Interessante destacar o uso da pele de peixe na criação de neovaginas, com a utilização da pele de tilápia do Nilo no tratamento da síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser em pacientes que não obtiveram sucesso com a terapia de dilatação, na estenose vaginal e na vaginoplastia primária nos casos de transição de gênero masculino-feminino. No entanto, cabe ressaltar a importância do cuidado com o material a ser transplantado, que deve ser esterilizado de forma eficaz, especialmente com a utilização de nanopartículas de prata.</p>Cícero Ricardo Machado de MatosCícera Fabiane Ferreira de Matos Mendonça
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-212023-11-2121e043e04310.37497/JMRReview.v2i1.43Perfil Epidemiológico Das Malformações Congênitas Identificadas No Serviço De Ginecologia E Obstetrícia De Um Hospital Universitário
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/44
<p><strong>Introdução:</strong> As malformações congênitas são defeitos no desenvolvimento de órgãos e regiões corporais presentes desde o nascimento. Fatores genéticos e ambientais podem causar malformações, com algumas associações fenotípicas compartilhando mecanismos etiológicos comuns. Compreender o perfil epidemiológico das malformações é fundamental para campanhas de prevenção e atendimento sistemático.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Traçar o perfil epidemiológico das malformações congênitas identificadas no serviço de Ginecologia e Obstetrícia de um hospital universitário localizado na cidade de Bragança Paulista – SP.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, e de natureza quantitativa que contempla as notificações internas de malformações congênitas identificadas nos fetos de gestantes atendidas no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF.</p> <p><strong>Resultados:</strong> A amostra deste estudo foi constituída por 95 notificações de malformações, sendo 21 em 2017 (22,11%), 10 em 2018 (10,53%), 10 em 2019 (10,53%), 13 em 2020 (13,69%), 12 em 2021 (12,63%), 14 em 2022 (14,73%) e 15 em 2023 (15,78%). A frequência de malformações do ano de 2017 foi significativamente maior do que aquela observada no restante dos anos avaliados (p = 0,04). A média de idade materna no período estudado foi de 29,3 ± 7,4 anos. As malformações mais comumente identificadas foram aquelas ocorridas em estruturas do sistema nervoso central, assim como aquelas identificadas no sistema cardiovascular.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Em nosso estudo as malformações mais frequentes se associaram a estruturas do sistema nervoso central, assim como cardiovasculares. A despeito do fato de que este levantamento pontual não avaliou os fatores de risco nas gestantes, ressalta-se que o contato com produtos agrícolas podem estar associados às malformações, sugerindo a necessidade de criação de campanhas de esclarecimento às gestante sobre os perigos da exposição a esses compostos.</p>Juliana Chanes de SouzaIara Ricardo SoaresSofia Meneghel BastosTalita Aparecida Ricardo SoaresRicardo Braga VarellaMilena Chanes de SouzaAttilio Brisighelli Neto
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-212023-11-2121e044e04410.37497/JMRReview.v2i1.44Análise De Toxicidade Em Pacientes Oncogeriátricos Atendidos No Hospital Universitário São Francisco Na Providência De Deus
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/45
<p><strong>Introdução:</strong> A evolução demográfica no Brasil está imersa em uma dinâmica de expressivo envelhecimento populacional. A oncologia geriátrica, nesse contexto, se configura como um ramo vital da medicina, dada a preponderância de patologias oncológicas nessa faixa etária. Objetivo: Realizar uma análise de toxicidade em pacientes oncogeriátricos atendidos no Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Método:</strong> Os prontuários de pacientes com 65 anos ou mais que foram submetidos a regimes de quimioterapia no período estipulado foram revisados. Foram incluídos no estudo pacientes que realizaram pelo menos um ciclo de quimioterapia, com dados clínicos e de tratamento adequada e suficientemente documentados nos prontuários médicos.</p> <p><strong>Resultados:</strong> O estudo em tela contemplou um universo de 38 pacientes, subdivididos em dois principais grupos de tratamento: 24 pacientes em regime paliativo, 12 em tratamento adjuvante e 2 em tratamento neoadjuvante. A avaliação da toxicidade, um dos pontos cruciais desta pesquisa, trouxe à luz dados relevantes sobre o perfil e a tolerabilidade do tratamento em população idosa, evidenciando nuances que desembocam em importantes reflexões clínicas e práticas. Foi identificado que a toxicidade grau 1 foi universalmente presente, acometendo todos os 38 pacientes. Este indicativo mostra a inevitabilidade de certa medida de toxicidade, mesmo em um grau mínimo, durante os regimes quimioterápicos em populações mais velhas. Em relação à toxicidade de grau 2, esta foi observada em 22 pacientes, enquanto a toxicidade de grau 3 foi identificada em 3 pacientes.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Esta discussão visa incitar o desenvolvimento de estratégias que se ancoram não apenas na doença a ser tratada, mas também na singularidade do paciente idoso, com suas capacidades, desafios, e necessidades. O futuro do manejo da toxicidade em oncogeriatria pode muito bem residir em um modelo que, enquanto científica e clinicamente rigoroso, seja também caracterizado por uma profunda humanização e individualização do cuidado.</p>Thiago Alcantara GabrielSimone Felitti
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-212023-11-2121e045e04510.37497/JMRReview.v2i1.45Biópsia De Próstata Guiada Por Ultrassonografia De Fusão: Experiência De Uma Clínica Particular Da Cidade De Bragança Paulista
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/48
<p><strong>Introdução:</strong> Na última década, a introdução da ressonância magnética multiparamétrica (mpMRI) e da mpMRI direcionada por ultrassonografia de fusão (TBx) gerou grandes expectativas sobre a via diagnóstica do câncer de próstata. Esse método também tem melhor sensibilidade para localizar e detectar tumores clinicamente significativos, e é utilizado para direcionar biópsias especificamente para áreas suspeitas.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Por meio de um estudo observacional, avaliar a experiência de uma clínica particular na realização de biópsias de próstata guiadas por TBx.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, que utilizou informações de prontuários já arquivados no Instituto de Urologia Bragança, localizado na cidade de Bragança Paulista – SP, de pacientes atendidos no período de setembro de 2021 a março de 2023, e que realizaram biópsias de próstata guiadas por TBx. Resultados: No presente estudo observou-se que a média de idade dos pacientes foi de aproximadamente 66 anos, com PSA médio de 7,70 ng/mL. Dentre os pacientes avaliados, cerca de um terço apresentava risco aumentado de câncer de próstata com base nos valores da relação entre o PSA livre e o PSA total. A classificação PIRADS mais prevalente na amostra estudada foi a 4, e dentre os pacientes com classificação PIRADS 3, que não seriam naturalmente indicados para biópsia, identificou-se PSAd maior do que 0,15 em pouco mais de um terço deles, sugerindo que os mesmos também deveriam ser submetidos ao exame. A maioria dos pacientes avaliados em nossa amostra apresentou resultado negativo com base na escala de Gleason. Dentre os positivos, a mais prevalente foi a 3+4.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Este estudo avaliou a experiência do nosso Serviço na realização da ultrassonografia por fusão, descrevendo o perfil epidemiológico dos pacientes e apontando aqueles que efetivamente necessitaram de biopsia prostática para pesquisa de câncer. Como principal resultado, foi possível identificar a superioridade da biópsia por fusão quando comparada à biópsia randomizada. Sugere-se que levantamentos semelhantes sejam realizados em várias regiões do Brasil com vistas e verificar se o fenômeno pontualmente observado em nossa região poderá se repetir em escala nacional.</p>Douglas de Padua RodriguesMarcos Antônio Santana De Castro
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-272023-11-2721e048e04810.37497/JMRReview.v2i1.48Episódio Depressivo Grave Com Sintomas Psicóticos E Dificuldade De Acesso À Eletroconvulsoterapia Resultando Em Internação Prolongada: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/30
<p><strong>Objetivo:</strong> Relatar o caso de um paciente com episódio depressivo grave e sintomas psicóticos, que por dificuldade de acesso à ECT gerou a internação prolongada.</p> <p><strong> Método:</strong> Trata-se de um paciente atendido no Serviço de Psiquiatria do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> Paciente do sexo masculino, 57 anos, aposentado, com sintomas de isolamento social, anedonia, perda de peso e diminuição intensa da ingestão hídrica. Apresentava delírio misto, inapetência e alteração do sono, sendo encaminhado a um serviço especializado após piora com o tratamento inicial. Por conta de sua internação prolongada e baixa resposta ao tratamento (inicialmente com citalopram, levomepromazina e quetiapina), a equipe de psiquiatria solicitou transferência para um Serviço com ECT, porém, sem sucesso. Durante a internação, o regime terapêutico foi alterado para uma combinação de venlafaxina e quetiapina, sendo a última posteriormente substituída por risperidona. Houve melhora gradual do quadro, com ganho de peso e alta após 53 dias. No acompanhamento pós-alta, foi mantida a estabilidade do quadro e o uso regular das medicações, com retorno completo da funcionalidade.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Caso esteja disponível, a ECT pode ser uma ótima ferramenta para tratamento de episódios depressivos graves, principalmente com sintomas psicóticos associados, especialmente em pacientes com resistência aos tratamentos farmacológicos. Seu uso costuma diminuir o tempo de internação e devolver a qualidade de vida aos pacientes. O caso apresentado neste trabalho é um exemplo pontual de como a ausência da ECT provocou um aumento no tempo de internação de um paciente com depressão psicótica, afetando negativamente sua rotina e reduzindo sua qualidade de vida, além de gerar elevação dos custos decorrentes da internação prolongada.</p>Angelo Victor Maciel LimaRegina Caeli Guerra Poças
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-08-082023-08-0821e030e03010.37497/JMRReview.v2i1.30Choque Anafilático Durante Cirurgia De Colecistectomia Com Colangiopancreatografia Retrógrada: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/32
<p><strong>Contexto:</strong> O choque anafilático (CA), também conhecido como anafilaxia, é uma grave reação multissistêmica aguda, resultante da liberação de uma infinidade de mediadores inflamatórios, que culmina em manifestações respiratórias, cardiovasculares e mucocutâneas muitas vezes fatais. Infelizmente, apesar de muitos avanços na compreensão da etiologia, mecanismos etiopatogênicos e manejo, o CA permanece subdiagnosticado e subtratado.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso de CA durante uma cirurgia de colecistectomia com colangiopancreatografia retrógrada.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se do relato do caso de um paciente atendido no Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus, localizado em Bragança Paulista - SP. Relato do Caso: Tratou-se de uma paciente do sexo feminino de 37 anos que foi internada para uma colecistectomia videolaparoscópica com colangiopancreatografia (CPRE) devido à colelitíase e coledocolitíase sintomáticas. Durante a cirurgia, após a introdução de uma sonda orogástrica onde houve contato da mucosa oral com uma luva de látex, a paciente apresentou aumento da frequência cardíaca, queda na saturação de oxigênio, hipotensão grave, hiperemia e placas urticariformes, sugerindo um choque anafilático provavelmente devido ao material da luva. Adrenalina e outros insumos foram administrados e, com a estabilização do quadro, a colecistectomia foi realizada e a CPRE adiada. A paciente foi transferida para a unidade de tratamento intensivo, onde se recuperou. Apesar de testes negativos de IgE ao látex, o histórico da paciente e a natureza de sua exposição ocupacional ao material levaram à suspeita de alergia ao material, e medidas de precaução foram adotadas para a realização da CPRE sem látex, tendo a alta ocorrido no dia seguinte, sem intercorrências.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Com base nas evidências apresentadas, é altamente provável que a reação alérgica ao látex relatada tenha sido desencadeada por sua exposição ocupacional prévia ao material. Isso destaca a importância da triagem de alergia ao látex, especialmente em pacientes com histórico de exposição repetida ao material, a fim de prevenir reações alérgicas potencialmente graves durante procedimentos cirúrgicos.</p>Samuel Plinio ScantamburloCarolina Izzo Piccinin
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-10-192023-10-1921e032e03210.37497/JMRReview.v2i1.32Fratura De Ísquio Em Acidente Motociclístico: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/35
<p><strong>Introdução:</strong> O trauma pélvico gera preocupação devido à alta energia que geralmente é necessária para causar a lesão, o que o torna frequentemente associado a lesões adicionais, necessidade de transfusão e reabilitação prolongada. Particularmente, as fraturas de ísquio isoladas são bastante incomuns, justificando o relato de casos no intuito de contribuir para a aprendizagem médica continuada.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso de fratura de ísquio atendida em nosso Serviço.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se do relato de um caso único atendido no Serviço de Ortopedia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado em Bragança Paulista, SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> O paciente descrito apresentou fratura exposta no ísquio esquerdo, assim como no tornozelo esquerdo, após acidente motociclístico, com dor à palpação da região glútea e tornozelo. Também apresentava limitação na flexão do joelho, quadril e tornozelo. Devido ao traço de fratura no ísquio associado a um trauma anteriormente sofrido, foi realizada uma cirurgia percutânea utilizando parafuso canulado de 7 mm para fixar a área afetada.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Fraturas do ísquio são raras, costumam estar associadas a traumas sofridos por atletas jovens, e dificilmente ocorrem em acidentes motociclísticos. Sendo assim, o caso aqui apresentado contribui com a literatura especializada sobre o assunto, e descreve uma conduta satisfatória para correção cirúrgica dessa rara modalidade de fratura.</p>Nicole de Machado CiriloArtur de Oliveira RibeiroAirton SzogyenyiKaren Mayuri KatoNilson NonoseGuilherme Chohfi de MiguelAndré Felipe Ninomiya
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-082023-11-0821e035e03510.37497/JMRReview.v2i1.35Perfil Epidemiológico De Pacientes Com Fraturas Diafisárias De Tíbia Distal Com Traço Espiral E Fraturas Do Maléolo Posterior
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/36
<p><strong>Introdução:</strong> As fraturas do maléolo posterior (FMP), assim como outras lesões articulares do tornozelo, são conhecidas por ocorrerem concomitantemente com a fratura diafisária de tíbia distal (FDTD), especialmente quando há um padrão espiral ou oblíquo. Se negligenciadas, tais fraturas podem levar ao deslocamento iatrogênico durante o hasteamento intramedular, bem como a resultados insatisfatórios, mesmo quando a união completa da diáfise da tíbia foi alcançada. Além disso, é aceito que as fraturas maleolares posteriores e mediais requerem fixação na maioria dos casos, evitando assim a perda de redução pós-operatória.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de FDTD com traço espiral e as FMP atendidos em nosso Serviço.</p> <p><strong>Método:</strong> Foram incluídos no estudo pacientes atendidos no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado em Bragança Paulista – SP, no período de janeiro a dezembro de 2022. Dos prontuários dos pacientes foram avaliados sexo, idade no trauma, presença de quaisquer comorbidades, mecanismo do trauma, tratamento instituído, ocorrência de consolidação efetiva após o tratamento, e clínica evolutiva.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Em nosso estudo, as idades dos 5 pacientes variaram de 26 a 75 anos, e os dois pacientes que mantiveram acompanhamento em nosso Serviço apresentaram consolidação, sendo uma delas apenas parcial devido à perda de seguimento. Nenhum dos dois pacientes acompanhados apresentou complicações pós-cirúrgicas, e ambos passaram a deambular sem auxílio e sem queixas após a fixação.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Acreditamos que muitas FMP não foram diagnosticadas em nossa amostra devido à falta de utilização da Tomografia Computadorizada (TC), disponível em nosso Serviço. Sendo assim, sinalizamos a importância da TC para diagnóstico desses casos, o que provavelmente aumentará a acurácia do diagnóstico, permitindo assim prestar atendimento adequado a esses pacientes.</p>Artur de Oliveira RibeiroNicole de Machado CiriloRafael Krawczun MaruokaKaren Mayuri KatoArthur TescarolliAndré Felipe NinomiyaNilson Nonose
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-082023-11-0821e036e03610.37497/JMRReview.v2i1.36Displasia Broncopulmonar: Revisão Narrativa Da Literatura
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/37
<p><strong>Introdução:</strong> A taxa de mortalidade entre os recém-nascidos de muito baixo peso tem diminuído devido aos avanços nos cuidados perinatais. No entanto, a displasia broncopulmonar (DBP) continua sendo uma das principais complicações da prematuridade, resultando em elevada morbidade e mortalidade.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Revisar a literatura buscando sintetizar os aspectos clínicos relacionados à DBP. Buscou-se identificar as definições, os principais fatores de risco, complicações e principalmente as novas estratégias de prevenção e tratamento.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se de uma revisão narrativa da literatura utilizou artigos publicados entre 2000 e 2023, selecionados em banco de dados eletrônico e pesquisa manual.</p> <p><strong>Conclusões:</strong> O desenvolvimento da doença é resultado de interações entre fatores pré e pós-natais. A identificação precoce de crianças com maior risco de desenvolver a doença pode permitir uma abordagem melhor para a redução da sua incidência no futuro. O uso do corticoide sistêmico de forma precoce tem mostrado resultados positivos não só em interromper o ciclo de desenvolvimento DBP, mas também por contribuir para desmame precoce da oxigenioterapia. Já as demais terapias, como terapia molecular e células tronco, ainda precisam de novas pesquisas para identificar seu real impacto. Em suma, deve-se focar nas ações preventivas da DBP, incluindo o uso precoce dos corticoides, dando seguimento e proporcionando crescimento e desenvolvimento adequados à criança, além de combater infecções, diminuir hospitalizações e minimizar sequelas.</p>Carolina Alves Rosa MoreiraPriscilla Guerra
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e037e03710.37497/JMRReview.v2i1.37Endocardite Infecciosa Por Hacek: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/38
<p><strong>Introdução:</strong> A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do endotélio cardíaco que pode ser provocada usualmente por bactérias e fungos. O crescimento superficial destes microrganismos (MOs) pode causar embolia em vários órgãos, como rins, pulmões, pele, cérebro e sistema nervoso central, levando a morte se não tratada adequadamente. A EI provocada por bactérias HACEK (<em>Haemophilus spp.</em>, <em>Aggregatibacter actinomycetemcomitans</em>, <em>Cardiobacterium hominis</em>, <em>Eikenella corrodens</em> e <em>Kingella kingae</em>) afeta principalmente pacientes com doença cardíaca prévia ou válvulas artificiais, e é caracterizada por um curso insidioso, com atraso médio no diagnóstico de um mês (quando provocada por <em>Haemophilus spp.</em>) a 3 meses (quando causada por <em>Aggregatibacter </em>ou <em>Cardiobacterium spp.</em>).</p> <p><strong> Objetivo:</strong> Relatar um caso de EI provocada por MOs do grupo HACEK. Método: Trata-se do relato de um paciente atendido no Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> Este relato descreve o caso de um paciente do sexo masculino, 50 anos, com histórico de febre persistente, sudorese, calafrios, fadiga e perda ponderal. Após avaliação clínica, o paciente foi diagnosticado com EI, com base nos achados clínicos, laboratoriais e de imagem, incluindo anemia microcítica, leucocitose com desvio à esquerda, PCR e VHS elevadas, presença de sopro diastólico, além de evidências de comprometimento valvar cardíaco no ecocardiograma transtorácico. Hemoculturas identificaram a bactéria <em>A. aphrophilus</em> como a causa da EI, e o tratamento com ceftriaxona foi iniciado. Devido à disfunção valvar significativa, o paciente foi submetido à cirurgia cardíaca com troca da valva tricúspide por uma prótese mitral, seguido por acompanhamento ambulatorial/cardiológico e avaliação odontológica.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Os MOs HACEK podem provocar EI em pacientes de diversas faixas etárias, incluindo crianças, e sua capacidade de afetar tanto válvulas nativas quanto protéticas ressalta a importância de uma abordagem clínica ampla e de alto índice de suspeita para o diagnóstico preciso. Além disso, a manutenção da saúde bucal e o controle de cáries são fatores importantes para a prevenção dessas infecções, e o uso de exames de imagem, como tomografias e ecocardiogramas, e a realização de culturas sanguíneas desempenham um papel fundamental na identificação e tratamento adequado dos pacientes com EI provocada por este grupo de bactérias. Portanto, a compreensão desses aspectos é essencial para melhorar o diagnóstico e a gestão clínica dessas infecções, que podem levar a morbidade substancial e mortalidade se não detectadas e tratadas a tempo.</p>Anna Luiza Guagliardi DominguesLaís Sette Rostirola
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e038e03810.37497/JMRReview.v2i1.38Sirenomelia: Relato De Caso E Revisão Da Literatura
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/39
<p><strong>Introdução:</strong> A sirenomelia é uma condição caracterizada pelo desenvolvimento anormal do corpo caudal de um feto, com fusão parcial ou completa da extremidade inferior, sendo também conhecida como Síndrome da Sereia. A anomalia é uma malformação grave multissistêmica, geralmente envolvendo os sistemas gastrointestinal, geniturinário, cardiovascular e musculoesquelético. A causa exata da sirenomelia é desconhecida, e acredita-se que fatores ambientais e genéticos possam desempenhar um papel no desenvolvimento da referida anomalia. O prognóstico da sirenomelia é ruim, com uma sobrevida média de menos de uma semana e mais da metade dos casos terminam em natimortos.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso de sirenomelia atendido em nosso Serviço.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se do relato do caso de uma gestante atendida no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> Paciente primigesta, 17 anos, encaminhada ao Serviço de Medicina Fetal após a realização de ultrassonografia morfológica durante a gravidez que demonstrou múltiplas malformações, incluindo agenesia renal e oligoâmnio severo. A criança nasceu prematura e com sirenomelia, falecendo quatro horas após o parto. Análises da placenta e do cordão umbilical revelaram anormalidades na implantação do feto, além de uma artéria umbilical única.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A sirenomelia é uma anomalia congênita rara e fatal, caracterizada pela fusão das extremidades inferiores, frequentemente associada a malformações adicionais. Sua etiologia é pouco compreendida e os possíveis fatores de risco incluem diabetes materno, exposição a fármacos teratogênicos, suscetibilidade genética, infecções e idade materna. Com base no caso descrito, sugere-se que a realização de ultrassonografia é crucial para o diagnóstico precoce e tomada de decisão frente a casos de sirenomelia. No mais, a conscientização sobre a prevenção da gravidez na adolescência e o controle da glicemia em mães diabéticas são essenciais para reduzir a incidência da síndrome.</p>Leticia Sinatora HiarAttilio Brisighelli Neto
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e039e03910.37497/JMRReview.v2i1.39Necrólise Epidérmica Tóxica (NET): Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/40
<p><strong>Introdução:</strong> A Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) é uma emergência dermatológica caracterizada por necrólise epidérmica generalizada, causando descamação da pele, que se torna susceptível a infecções graves. Apresenta acometimento multissistêmico, com alta morbimortalidade. O manejo da NET é multifacetado, e começa com a identificação e retirada do agente causador. A identificação do agente depende de um histórico clínico completo, visto que os sintomas geralmente se apresentam dentro de oito semanas após o início da terapia medicamentosa. Suspender o fármaco causador é fundamental na evolução da patologia e o sucesso clínico depende, principalmente, do tratamento de suporte, para evitar complicações, como sepse.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso único de NET atendido em nosso serviço.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se do relato do caso de um paciente atendido no Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> O caso relatado neste trabalho tratou-se de um paciente do sexo masculino, 33 anos, sem comorbidades conhecidas, que apresentou lesões vesiculares eritematosas pruriginosas e dolorosas, inicialmente na região da virilha e membros superiores, com progressão para o tronco e membros inferiores, associadas a febre, hiperemia ocular e conjuntivite. O paciente também apresentava anemia, PCR elevada e hipoalbuminemia, mas com função renal e hepática normais. Sorologias para HIV e sífilis foram realizadas, com resultados positivos. Durante a internação, as lesões pioraram rapidamente, com envolvimento de mucosas, descamação da pele e descolamento epidermal, levantando a suspeita de NET. O paciente foi admitido na UTI devido ao acometimento generalizado, HIV recém-diagnosticado e risco de sepse. O tratamento incluiu isolamento, cuidados intensivos da pele, ciclosporina, penicilina benzatina devido diagnóstico de sífilis e terapia antirretroviral para HIV, levando a uma melhora significativa. Após 11 dias de internação, o paciente recebeu alta hospitalar mantendo seguimento ambulatorial com infectologista e dermatologista.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Este artigo destacou um caso clínico que ilustra a diversidade de cenários em que a NET pode ocorrer, enfatizando a importância do reconhecimento precoce, do tratamento multidisciplinar e do manejo adequado para melhorar as perspectivas dos pacientes, principalmente imunossuprimidos. Além disso, a conscientização sobre a NET, especialmente em relação a medicamentos específicos, é crucial para garantir uma abordagem eficaz e o acompanhamento dos pacientes, especialmente aqueles com condições de saúde subjacentes.</p>Pamela BenettiGustavo Pignatari Rosas Mamprin
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-132023-11-1321e040e04010.37497/JMRReview.v2i1.40Tumor Glômico Em Dorso De Mão: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/49
<p><strong>Introdução:</strong> Os tumores glômicos (TG), também conhecidos como glomangiomas, originam-se dos corpos glômicos (CG) da derme, e são usualmente benignos. Como os sinais clínicos nem sempre são óbvios, o diagnóstico por imagem é muito útil no planejamento do tratamento, e a excisão cirúrgica constitui o procedimento de escolha, oferecendo cura completa aos portadores de TG.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso de TG em dorso de mão atendido em nosso Serviço.</p> <p><strong>Método:</strong> Trata-se do relato do caso de um paciente atendido no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado na cidade de Bragança Paulista - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> O caso presente neste trabalho envolveu um paciente do sexo masculino, 32 anos, com dor intensa na região dorsal da mão direita ao toque por dois anos. Os exames clínicos iniciais não revelaram anormalidades visíveis, mas uma ressonância nuclear magnética (RNM) identificou um cisto artrossinovial entre o hamato e a base do quarto metacarpo. Após a ressecção do cisto, a análise anatomopatológica confirmou o diagnóstico de TG.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Um diagnóstico diferencial preciso é crucial para o manejo dos TG, pois estes podem ser facilmente confundidos com outras condições, levando a tratamentos inadequados. A utilização de exames específicos, como ultrassonografia e RNM, desempenha um papel fundamental na identificação correta desses tumores, permitindo uma abordagem terapêutica adequada, que muitas vezes envolve a ressecção cirúrgica. Portanto, enfatiza-se a importância de uma abordagem clínica criteriosa, e da busca por diagnósticos precisos para assegurar o tratamento eficaz dos pacientes afetados pelos TG.</p>Karen Mayuri KatoRonaldo Parissi BuainainNilson NonoseAndre Felipe NinomyiaArthur TescarolliRafael Krawczun Maruoka
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-272023-11-2721e049e04910.37497/JMRReview.v2i1.49Esteatose Hepática Aguda Da Gestação: Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/50
<p><strong>Introdução:</strong> A Esteatose Hepática Aguda da Gestação (EHAG) é rara e potencialmente letal, ocorrendo principalmente no terceiro trimestre da gestação, podendo encontrar-se no pós-parto imediato, estando presente em 1 a cada 16.000 gestações. Ocorre, principalmente, em primigestas, associado a pré-eclâmpsia, recém-nascido do sexo masculino, gravidez múltipla, IMC < 20 e à obesidade materna. Os sinais e sintomas são inespecíficos e podem evoluir para casos graves, até mesmo óbito materno e fetal. É feito diagnóstico com base nos critérios de Swansea. O único tratamento efetivo é o parto e o tratamento de suporte é essencial. Objetivo: Relatar um caso de EHAG atendida em nosso serviço.</p> <p><strong>Relato de caso:</strong> Paciente de 28 anos, primigesta, com <em>Diabetes Mellitus</em> Gestacional sem tratamento, idade gestacional a termo, apresentando dor em baixo ventre, diminuição da movimentação fetal e bradicardia fetal. Realizado parto cesárea no qual foi evidenciado descolamento prematuro de placenta. Paciente evolui com hipoglicemia, mal estado geral, coagulopatia e icterícia. A mesma apresentou encefalopatia hepática, sendo revertida. Após 19 dias de internação, evolui com melhora clínica, tendo alta hospitalar e seguimento ambulatorial com equipe multidisciplinar.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A EHAG é exclusiva da gravidez, associando-se com uma evolução clínica potencialmente fatal, podendo cursar à falência múltipla dos órgãos. Independente do período em que a EHAG possa ocorrer, a sua apresentação é semelhante e indistinguível. A única consideração que deve ser assumida é o tratamento adequado em cada um dos períodos, tendo sempre em consideração que o parto é o único tratamento que estabelece a cura.</p>Bettina Chrispim Ferreira AlvesAttilio Brisighelli Neto
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-282023-11-2821e050e05010.37497/JMRReview.v2i1.50Ressecção Tumoral De Condrossarcoma Raro Em Parede Torácica: Um Relato De Caso
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/51
<p><strong>Introdução:</strong> Os condrossarcomas são tumores malignos que tem sua principal prevalência entre a quarta e sexta décadas de vida. O procedimento de ressecção cirúrgica do condrossarcoma primário de parede torácica leva a um bom desfecho, com menores probabilidades de recidivas e metástases.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Relatar um caso de ressecção de condrossarcoma em parede torácica, e reportar a evolução do quadro após procedimento de ressecção.</p> <p><strong>Método:</strong> Tratou-se de uma paciente do sexo feminino jovem, com recidiva tumoral e histórico genético familiar, submetida à ressecção de um condrossarcoma em arcos costais. O procedimento foi realizado no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, Jundiaí - SP.</p> <p><strong>Relato do Caso:</strong> Mulher, 23 anos, que iniciou dor em hemitórax esquerdo com irradiação para região interescapular associada à parestesia de membro superior direito. Relatava cirurgias para retirada de osteocondromas em membros inferiores. Há dois anos havia notado lesão pequena em hemitórax esquerdo, que apresentou importante crescimento no período de um ano. Após acompanhamento ambulatorial, e devido à estabilidade hemodinâmica, optou-se pela ressecção cirúrgica de tumor em arcos costais devido à evolução de quadro álgico e perda funcional de membro superior esquerdo em 2022. A paciente foi acompanhada pelo ambulatório de especialidade, e o procedimento demonstrou-se suficiente para o tratamento do tumor.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Foi possível realizar a abordagem em tempo único de ressecção tumoral extensa, associado à retirada de arcos costais e posterior reconstrução de parede. O procedimento ocorreu com planejamento de equipe multidisciplinar, e a paciente apresentou recuperação precoce com manutenção de função.</p>Tony Tobias JuniorThiago Gangi BachichiThamires Fernandes PazettiGabriela Yamada KucharskiThamires Clair Rodrigues Pereira da SilvaDavi Gangi BachichiTiago da Silva Santos
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-12-052023-12-0521e051e05110.37497/JMRReview.v2i1.51Comparação Entre Tratamento Cirúrgico E Conservador Da Luxação Acromioclavicular Nas Lesões Com Classificação Rockwood Tipo III: Revisão Sistemática
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/47
<p>A luxação da articulação acromioclavicular é uma das lesões mais comuns do ombro na população esportiva ativa, assim como no trauma proveniente de acidentes automobilísticos. A questão cirúrgica nos casos classificados como Rockwood tipo III ainda são controversas.</p> <p><strong>Objetivos:</strong> Avaliar os efeitos (benefícios e malefícios) das intervenções cirúrgicas <em>versus</em> conservadoras (não-cirúrgicas) no tratamento das luxações acromioclaviculares em adultos.</p> <p><strong>Métodos de pesquisa:</strong> Uma revisão sistemática foi realizada por meio de pesquisa no banco de dados BMED/MEDLINE utilizando a seguinte estratégia de busca: “Rockwood tipo III” AND “luxação acromioclavicular” AND (cirúrgico OR não-cirúrgico).</p> <p><strong>Resultados:</strong> Foram incluídos nesta revisão 8 ensaios clínicos randomizados envolvendo 464 pacientes, principalmente adultos jovens do sexo masculino, com luxação acromioclavicular aguda. A força dos resultados em foi limitada devido às características do desenho dos estudos, invariavelmente falta de cegamente: Síntese de Evidências: Há evidências de baixa qualidade de que o tratamento cirúrgico não traz benefícios adicionais em termos de função, retorno às atividades anteriores e qualidade de vida em um ano, quando comparado ao tratamento conservador. Há, no entanto, evidências de baixa qualidade de que pacientes tratados de forma conservadora melhoraram a função em seis semanas em comparação com o tratamento cirúrgico.</p>Mariana Nucci RiccettoJoao Victor FornariRenato Ribeiro Nogueira FerrazEverton Francisco Casale
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-11-272023-11-2721e047e04710.37497/JMRReview.v2i1.47Relationship Between Physical Activity And Quality Of Life Improvement In People With Alzheimer’s Disease: Systematic Review
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/52
<p>O objetivo deste estudo é relatar o impacto da atividade física de forma paliativa na qualidade de vida de pessoas com doença de Alzheimer (DA). Foi realizada uma revisão da literatura utilizando artigos de revistas científicas, teses, dissertações e sites científicos que foram avaliados para o presente trabalho. A pesquisa bibliográfica foi realizada consultando as seguintes bases de dados científicos: PubMed, Scielo e BVS Brasil. A busca foi retrospectiva, limitando-se a artigos publicados de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2023. Conclusões: A atividade física pode atrasar a manifestação de sintomas e o comprometimento cognitivo da DA, além de aumentar mecanismos de proteção, como a liberação de neurotrofinas e a hormona irisina. A combinação de terapia medicamentosa com atividade física também pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Alguns estudos indicam que atividades leves e moderadas podem contribuir para a redução de déficits nas atividades diárias e atenuar distúrbios do sono. Outros estudos mostram que a atividade física pode melhorar a função cognitiva, equilíbrio, e reduzir o risco de quedas em idosos com DA. A caminhada parece ser uma atividade física particularmente benéfica para pacientes com DA. Embora os estudos apresentados nesta revisão indiquem fortemente os benefícios da atividade física para pacientes com DA, mais pesquisas são necessárias para aprofundar nossa compreensão da fisiopatologia e tratamento da doença.</p>Bruno Kehrwald-BalsimelliAlberto de Azevedo Alves Teixeira-FilhoThomas Del Monaco-CardosoAna Laura Anastácio-OliveiraEvandro Ramos Evangelista-FilhoLuciano Fernandes-SantosFernando Sabia TalloMaykon Anderson Pires de NovaisMurched Omar TahaAfonso Caricati-NetoRafael Guzella de CarvalhoRenato Ribeiro Nogueira FerrazFrancisco Sandro Menezes-Rodrigues
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-12-052023-12-0521e052e05210.37497/JMRReview.v2i1.52Manejo Farmacológico De Pacientes Com Doença De Alzheimer: Revisão Narrativa Da Literatura
https://revistamedicalreview.org/revista/article/view/53
<p><strong>Introdução:</strong> Dentre as doenças neurodegenerativas que causam demência, a doença de Alzheimer (DA) aparece entre as principais, sendo responsável por cerca de 50% a 70% dos casos. A farmacoterapia mais utilizada atualmente para o tratamento da DA visa minimizar as perdas cognitivas (aprendizagem e memória), bem como as alterações de humor e comportamento, além da manutenção da qualidade de vida, melhorando a função e a independência.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Sintetizar evidências relacionadas à farmacoterapia no tratamento da DA.</p> <p><strong>Método:</strong> A busca se concentrou em literaturas que discutissem os benefícios e limitações da terapia de reposição colinérgica, representada principalmente pelos inibidores da colinesterase, com base em dados de pesquisas neurobiológicas, farmacológicas e clínicas.</p> <p><strong>Resultados e Discussão:</strong> O papel da memantina em casos moderados a graves de demência, bem como as perspectivas de seu uso em combinação com inibidores da colinesterase, foram discutidos em boa parte dos artigos revisados. Também foi abordado o papel da reposição estrogênica, antioxidantes, estatinas e anti-inflamatórios no tratamento e prevenção da demência, levando em conta os resultados negativos de estudos epidemiológicos clínicos recentes. Por fim, foram discutidas as diferentes modalidades de terapia anti-amiloide, principalmente considerando a imunoterapia no tratamento da DA.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A farmacoterapia utilizada na DA, atualmente, inclui inibidores da colinesterase (AChEI), memantina, fármacos antioxidantes, estrogênio, AINES, estatinas, <em>Ginkgo biloba</em> e fator de crescimento neuronal, dentre outras drogas. O desafio do momento é identificar novas drogas que atuem no tratamento da DA já estabelecida, e evitem a sobreposição de fatores predisponentes para o desenvolvimento da doença, bem como melhorar a compreensão das vias desencadeantes da DA e estabelecer estratégias para evitar a sua progressão.</p>Lana Omar GhazzaouiRachel Ann Asencio BracelisRodrigo de Barros FreitasLetícia de Oliveira PintoRafael BalsimelliBruno Kehrwald-BalsimelliRafael Batman de GóesMonica Noleto MirandaClaudia Joanete da SilvaMaykon Anderson Pires de NovaisTania Carmen Peñaranda GovatoAfonso Caricati-NetoFernando Sabia TalloRenato Ribeiro Nogueira FerrazFrancisco Sandro Menezes-Rodrigues
Copyright (c) 2023
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
2023-12-062023-12-0621e053e05310.37497/JMRReview.v2i1.53