Resumen
Introdução: O trauma pélvico gera preocupação devido à alta energia que geralmente é necessária para causar a lesão, o que o torna frequentemente associado a lesões adicionais, necessidade de transfusão e reabilitação prolongada. Particularmente, as fraturas de ísquio isoladas são bastante incomuns, justificando o relato de casos no intuito de contribuir para a aprendizagem médica continuada.
Objetivo: Relatar um caso de fratura de ísquio atendida em nosso Serviço.
Método: Trata-se do relato de um caso único atendido no Serviço de Ortopedia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, localizado em Bragança Paulista, SP.
Relato do Caso: O paciente descrito apresentou fratura exposta no ísquio esquerdo, assim como no tornozelo esquerdo, após acidente motociclístico, com dor à palpação da região glútea e tornozelo. Também apresentava limitação na flexão do joelho, quadril e tornozelo. Devido ao traço de fratura no ísquio associado a um trauma anteriormente sofrido, foi realizada uma cirurgia percutânea utilizando parafuso canulado de 7 mm para fixar a área afetada.
Conclusão: Fraturas do ísquio são raras, costumam estar associadas a traumas sofridos por atletas jovens, e dificilmente ocorrem em acidentes motociclísticos. Sendo assim, o caso aqui apresentado contribui com a literatura especializada sobre o assunto, e descreve uma conduta satisfatória para correção cirúrgica dessa rara modalidade de fratura.
Citas
ABDELRAHMAN, H. et al. Patterns, management, and outcomes of traumatic pelvic fracture: insights from a multicenter study. Journal of Orthopaedic Surgery and Research, v. 15, n. 1, p. 1–11, 2020.
BARTOLOTTA, R. J.; BELFI, L. M.; HA, A. S. Breaking Down Fractures of the Pelvis and Hip. Seminars in Roentgenology. Elsevier, 2021.
COCCOLINI, F. et al. Pelvic trauma: WSES classification and guidelines. World journal of emergency surgery: WJES, v. 12, p. 5, 2017.
EBERBACH, H. et al. Operative versus conservative treatment of apophyseal avulsion fractures of the pelvis in the adolescents: a systematical review with meta-analysis of clinical outcome and return to sports. BMC musculoskeletal disorders, v. 18, n. 1, p. 162, 19 abr. 2017.
KANAKARIS, N. K.; DAVIDSON, A. Classification of acetabular fractures: how to apply and relevance today. Orthopaedics and Trauma, v. 36, n. 2, p. 61–66, 2022.
LIU, H. et al. Surgical treatment for acute ischial tuberosity avulsion fracture. Medicine, v. 98, n. 14, p. e15040, 5 abr. 2019.
MESHRAM, P. et al. Delayed Recovery after Nonoperative Treatment of an Avulsion Fracture of the Ischial Tuberosity in an Adolescent Gymnast with a History of Growth Hormone Deficiency: A Case Report. International Journal of Sports Physical Therapy, v. 17, n. 5, p. 941–944, 2022.
PETIT, L. et al. A review of common motorcycle collision mechanisms of injury. EFORT Open Reviews, v. 5, n. 9, p. 544–548, 7 set. 2020.
ROSSAINT, R. et al. Management of bleeding following major trauma: an updated European guideline. Critical Care (London, England), v. 14, n. 2, p. R52, 2010.
ROUTT JR, M. C.; NORK, S. E.; MILLS, W. J. Percutaneous fixation of pelvic ring disruptions. Clinical Orthopaedics and Related Research®, v. 375, p. 15–29, 2000.
TULLINGTON, J. E.; BLECKER, N. Pelvic Trauma. Em: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing, 2022.
WANG, M. Y. et al. Minimally Invasive Percutaneous Iliac Screws: Initial 24 Case Experiences With CT Confirmation. Clinical Spine Surgery, v. 29, n. 5, p. E222-225, jun. 2016.
YOGANANDAN, N. et al. Dynamic Responses of Intact Post Mortem Human Surrogates from Inferior-to-Superior Loading at the Pelvis. Stapp Car Crash Journal, v. 58, p. 123–143, nov. 2014.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.