Esteatose Hepática Aguda Da Gestação: Relato De Caso

Autores/as

  • Bettina Chrispim Ferreira Alves Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.
  • Attilio Brisighelli Neto Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.

DOI:

https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.50

Palabras clave:

Esteatose Hepática Aguda da Gestação, Fígado Gorduroso da Gestação, Relato de Caso, Obstetrícia, Critérios de Swansea, Gestational Fatty Liver, Case Report, Obstetrics, Swansea Criteria

Resumen

Introdução: A Esteatose Hepática Aguda da Gestação (EHAG) é rara e potencialmente letal, ocorrendo principalmente no terceiro trimestre da gestação, podendo encontrar-se no pós-parto imediato, estando presente em 1 a cada 16.000 gestações. Ocorre, principalmente, em primigestas, associado a pré-eclâmpsia, recém-nascido do sexo masculino, gravidez múltipla, IMC < 20 e à obesidade materna. Os sinais e sintomas são inespecíficos e podem evoluir para casos graves, até mesmo óbito materno e fetal. É feito diagnóstico com base nos critérios de Swansea. O único tratamento efetivo é o parto e o tratamento de suporte é essencial. Objetivo: Relatar um caso de EHAG atendida em nosso serviço.

Relato de caso: Paciente de 28 anos, primigesta, com Diabetes Mellitus Gestacional sem tratamento, idade gestacional a termo, apresentando dor em baixo ventre, diminuição da movimentação fetal e bradicardia fetal. Realizado parto cesárea no qual foi evidenciado descolamento prematuro de placenta. Paciente evolui com hipoglicemia, mal estado geral, coagulopatia e icterícia. A mesma apresentou encefalopatia hepática, sendo revertida. Após 19 dias de internação, evolui com melhora clínica, tendo alta hospitalar e seguimento ambulatorial com equipe multidisciplinar.

Conclusão: A EHAG é exclusiva da gravidez, associando-se com uma evolução clínica potencialmente fatal, podendo cursar à falência múltipla dos órgãos. Independente do período em que a EHAG possa ocorrer, a sua apresentação é semelhante e indistinguível. A única consideração que deve ser assumida é o tratamento adequado em cada um dos períodos, tendo sempre em consideração que o parto é o único tratamento que estabelece a cura.

Biografía del autor/a

Bettina Chrispim Ferreira Alves, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.

Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.

Attilio Brisighelli Neto, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.

Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus (HUSF), Bragança Paulista - SP.

Citas

ADEMILUYI, A; AMAKYE, DO; JACKSON, N; BETTY S. Acute Fatty Liver of Pregnancy. Am J Case Rep, 22, e 933252, 2021. DOI: https://doi.org/10.12659/AJCR.933252

CHANG et al. Pregnancy outcomes of patients with acute fatty liver of pregnancy: a case control study. BMC Pregnancy and Childbirth, 20:282, 2020. DOI: https://doi.org/10.1186/s12884-020-02980-2

KNIGH, M. et al. A prospective national study of acute fatty liver of pregnancy in the UK. Gut, 57, 951-956, 2008. DOI: https://doi.org/10.1136/gut.2008.148676

MORTON, Adam; LAURIE, Josefina. Physiological changes of pregnancy and the Swansea criteria in diagnosing acute fatty liver of pregnancy. Obstetric Medicine, v. 3, 126-131, 2018. DOI: https://doi.org/10.1177/1753495X18759353

NAOUM, Emily. E. et. al. Acute fatty liver of pregnancy. The American Society of Anesthesiologists, v. 130, 446-61, 2019. DOI: https://doi.org/10.1097/ALN.0000000000002597

NELSON, BD; SCHELL, R. Acute Fatty Liver of Pregnancy. Contemporaryobgyn.Net, June, 18:22, 2021. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-70034-8_5

PEROSA, M. et. al. Insuficiência Hepática Aguda da Gravidez: Experiência clinica com sete casos. RBGO, v. 23, n. 03, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-72032001000300005

PINHEIRO, RP. et al. Esteatose hepática aguda da gravidez: relato de caso e revisão de literatura. Revista USP, 48 (3), 315-320, 2015. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v48i3p315-320

WANG, Ling et. al. Acute fatty liver of pregnancy cases in a maternal and child health hospital of China. Medicine, 99:29, 2020. DOI: https://doi.org/10.1097/MD.0000000000021110

WU, Zhenping et. al. Treating acute fatty liver of pregnancy with artificial liver support therapy. Medicine, 97:38, 2018. DOI: https://doi.org/10.1097/MD.0000000000012473

Y. Joueidi et al. Maternal and neonatal outcomes and prognostic factors in acute fatty liver of pregnancy. European Journal of Obstetrics and Gynecology and Reproductive Biology, v. 252, 198-205, September, 2020 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2020.06.052

ZHANG, YP et al. Acute Fatty Liver of Pregnancy: A retrospective Analysis of 56 cases. Chin Med J, 129, 1208-14, 2016. DOI: https://doi.org/10.4103/0366-6999.181963

ZHONG, Yan et al. Early diagnostic test for acute fatty liver of pregnancy: a retrospective case control study. BMC Pregnancy and Childbirth. 162, 2020. DOI: https://doi.org/10.1186/s12884-020-2787-4

Publicado

2023-11-28

Cómo citar

Alves, B. C. F., & Neto, A. B. (2023). Esteatose Hepática Aguda Da Gestação: Relato De Caso. Journal of Medical Residency Review, 2(1), e050. https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.50

Número

Sección

Relato de caso