Utilização Da Pele De Peixe Em Cirurgia Plástica Reconstrutiva: Revisão Integrativa Da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.37497/JMRReview.v2i1.43Palabras clave:
Cirurgia Plástica, Cirurgia Reconstrutiva, Xenoenxertos, Pele de PeixeResumen
Introdução: A utilização da pele de peixe em cirurgias plásticas reconstrutivas representa uma abordagem inovadora e promissora. O uso de pele de peixe, como a proveniente do tilápia, vem ganhando destaque devido à sua composição rica em colágeno, propriedades biocompatíveis e baixo risco de rejeição.
Objetivo: Realizar uma revisão da literatura buscando sintetizar as evidências relacionadas à utilização da pele de peixe em cirurgia plástica reconstrutiva.
Método: A base de dados PUBMED foi utilizada para seleção dos trabalhos, empregando a seguinte estratégia de busca: (fish[title] AND skin[title]) AND (plastic OR esthetic OR aesthetic OR reconstructive OR reconstruction). Apenas ensaios clínicos, estudos observacionais e relatos de caso publicados nos últimos 10 anos foram incluídos na amostra de artigos a serem avaliados.
Resultados: A busca foi realizada no mês de outubro de 2023, e a estratégia previamente estabelecida retornou 11 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 2 artigos foram eliminados, sendo um deles por ter sido realizado em animais, e outro por se caracterizar como uma proposta de ensaio clínico ainda não finalizada. Sendo assim, 9 artigos compuseram a amostra final desta revisão. Conclusão: No geral, os estudos revisados apontaram que a utilização da pele de peixe em cirurgias reconstrutivas mostrou-se como uma opção segura e confiável. Dentre os principais resultados, destacou-se a utilização da pele de peixe no tratamento e aceleração da recuperação de feridas em pés diabéticos, feridas decorrentes do processo de calcifilaxia, e na abordagem terapêutica para angiodermatite necrótica. Interessante destacar o uso da pele de peixe na criação de neovaginas, com a utilização da pele de tilápia do Nilo no tratamento da síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser em pacientes que não obtiveram sucesso com a terapia de dilatação, na estenose vaginal e na vaginoplastia primária nos casos de transição de gênero masculino-feminino. No entanto, cabe ressaltar a importância do cuidado com o material a ser transplantado, que deve ser esterilizado de forma eficaz, especialmente com a utilização de nanopartículas de prata.
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