Fenômeno De Arlequim: Relato De Caso Raro
DOI:
https://doi.org/10.37497/JMRReview.v3i00.74Palavras-chave:
Neonatologia, Pediatria, Malformações, Fenômeno de ArlequimResumo
Introdução: O fenômeno de Arlequim caracteriza-se por uma mudança súbita na cor da pele, dividindo-a em uma metade pálida e outra pletórica com uma linha limite ao longo do corpo. Pode ser irregular, poupando áreas como braços, pernas, tronco, rosto e/ou genitália. A condição costuma ser breve, com reversão rápida e retorno da coloração natural em minutos.
Objetivo: Relatar um caso de fenômeno de Arlequim atendido em nosso Serviço.
Método: Atendimento a um recém-nascido no Serviço de Neonatologia do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus – HUSF, Bragança Paulista, SP.
Relato do Caso: O paciente H. H. R. S., recém-nascido pré-termo tardio de 36 semanas e 1 dia, apresentou, além de hipoglicemia neonatal e dificuldades respiratórias, o raro fenômeno de Arlequim no segundo dia de vida. O fenômeno se manifestou como hiperemia em todo o hemicorpo direito, com melhora espontânea em 5 minutos, sem necessidade de intervenção. O paciente seguiu internado com acompanhamento cardiológico e controle da hipertrofia septal, recebendo alta em 07/03 com orientação de seguimento ambulatorial.
Conclusão: O caso ilustra a importância do manejo intensivo em recém-nascidos com condições complexas, como o fenômeno de Arlequim, que requer rápida identificação. A resposta ao tratamento permitiu alta hospitalar em boas condições. O seguimento é essencial para monitorar a hipertrofia septal e assegurar o desenvolvimento saudável do paciente.
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